Há uma eternidade o monte Roraima é testemunha da história mundial. Localizado na floresta amazônica, entre o Estado de Roraima, a Venezuela e a Guiana, é uma das regiões mais antigas do mundo, com 1,7 a 2 bilhões de anos, alguns pesquisadores arriscam até 3,6 bilhões de anos. Foi testemunha da separação dos continentes americano e africano, 150 milhões de anos atrás.
A literatura já se encarregou de imortalizar a região. O monte inspirou o inglês Arthur Conan Doyle (1859-1930), criador do detetive Sherlock Holmes, a escrever "O Mundo Perdido" em 1912. Esse é o mais alto dos tepuis (montes em forma semelhante a uma mesa) amazônicos, com 2.734 metros de altitude, de acordo com o IBGE. Para chegar, são necessários de três a quatro dias de caminhada, dependendo do estado físico do desbravador, com rios e cachoeiras como a Paso de las Lágrimas para amenizar o cansaço de quem enfrenta a subida ao topo. O monte fica no Parque Nacional do Monte Roraima, uma área de 116 mil hectares no extremo norte do país. São Paulo fica a 5.800 quilômetros e o Rio de Janeiro, a 6.200 quilômetros. O ponto de partida é a capital Boa Vista, de onde os viajantes partem para Santa Elena de Uairen (a 300 km), e de lá em veículo 4x4 para Paraitepui, aldeia indígena já em solo venezuelano. É onde começa a caminhada. Durante o percurso, o descanso é em rede e o banho em rio, em temperaturas que chegam a -6ºC na madrugada. A maioria dos turistas que vão ao monte Roraima é da Venezuela e da Europa. Os brasileiros não são mais do que 10% dos visitantes. Quem vai à região aproveita para conhecer o salto Angel, na Venezuela. É a maior queda d'água do mundo, com altura de quase um quilômetro mais exatamente 979 metros.
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Dezembro 2019
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